Então... Eu sinto falta do tempo em que eu sabia escrever
Que eu não conhecia as regras Que eu era livre Que minhas linhas faziam algum sentido a mais Sinto falta do tempo em que eu sabia me expressar E que sem modéstia eu me perguntava se realmente havia escrito algo tão cheio de significado Algo tão cheio de mim Que chegava a transbordar Ou talvez algo tão sem nada de mim Mas certamente de dentro... Eu não sei onde me perdi Onde me deixei Ou em que curva escolhi errado Eu não sei se ainda conheço as palavras Pois tão pobre é meu vocabulário Às vezes eu acho que a culpa é do mundo Às vezes acho que a culpa é de Deus Mas na maioria dos instantes reconheço A culpa é toda minha E o que antes eu fazia questão de divulgar De alardear aos quatro cantos Prefiro guardar cá comigo Ainda que eu continue publicando Não faço mais questão de outras leituras
(Então não publique !– Digo pra mim)
Mas talvez ainda haja aqui alguma esperança
E uma vontade louca de fazer sentido novamente
Mas não sei quando eu serei capaz de concordar comigo
E de falar as verdades do jeito que eu gosto
Talvez ainda haja tempo de mudar de caminho
Talvez ainda haja tempo para um carinho
Talvez ainda haja tempo para tanto coisa
Na verdade minha maior esperança
É que um dia eu "volte de novo" pra mim...
(Eu e minhas redundâncias)
Meg
25/05/2008