Existem momentos em que a solidão é necessária... ela te faz se encontrar consigo e rever pensamentos, definir novas ações, escolher um outro rumo ou apenas continuar na mesma, sem se mexer, sem sair do lugar, fechar os olhos e ouvir a própria respiração. Durante muito tempo, tive medo dela. Ela me engolia e me deixava triste. Eu me sentia mais só do que qualquer outra coisa no mundo. Mesmo quando tinha companhia, faltava alguma coisa. Eu tinha uma pequena esperança que o cenário mudaria. Mas durante muito tempo...meu quarto e minha cama estreita, meus diários e minhas agendas cheias de segredos compartilhavam comigo o medo da solidão e dos encontros diante do espelho.
Era frio... Mas quando a gente abre o coração, os olhos e os braços, se permite um beijo, um abraço, tudo parece mais fácil. Surgem rimas, canções e poesias, surge dentro de nós um eu mais bonito, uma vontade louca de ver a luz. Eu nunca esqueço da frase de Gonzaguinha que dizia "que é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar”...o mestre disse em Caminhos do Coração...e eu internalizei e me agarrei para não afundar em meu próprio abismo recheado de egoismo e das tempestades juvenis. Minhas noites mal dormidas foram perdidas, pois a resposta que tanto procurei estava ao meu lado, em minha frente e aqui dentro. Eu tinha tudo o de mais precioso, eu tinha Deus, família e amigos, tinha uma cachorra e um amor muito lindo que me conquistou desde o primeiro instante. Aprendi que muitas coisas a gente passa por que quer passar, outras porque precisa passar, nada é mesmo por acaso. Meu melhor amigo me disse que Deus não nos dá uma cruz que não possamos carregar e isso é verdade. É a mais pura verdade. Todos nós temos uma. E temos ombros fortes. A solidão é necessária. Como o amor também é. A dor é professora e a felicidade uma dádiva. Alegria a gente conquista, obstáculo a gente supera. Não se desespera... um dia vai passar. E a gente sempre pode contar com a gente mesmo e com um monte de gente que gosta da gente mesmo repetindo o substantivo. Digo, acho que você entendeu. Mas antes de eu ir embora, isso tudo ou quase nada sou eu que estou dizendo agora. Busque a sua própria resposta, não precisa me dizer. Permita-se e seja o que mais deseja, seja simplesmente tudo aquilo e... se você quiser mesmo ser, seja feliz. Por Meg! Ainda estou lendo o livro, o comentário não demora a vir. Beijos