10:33:00 PM

Imbecis

Postado por Meg |

Sinto um vazio no peito, que não sei de onde vem direito. Mas em meio ao turbilhão, ouço meu coração acelerado batendo...

Tum, tum, tum... é o som da vida que vibra aqui dentro.
Milhões de pessoas passam e falam oi, outras milhões passam e ignoram. Algumas ficam e me convidam a tomar um café. Mesmo com dor de cabeça, mas para não fazer desfeita, digo que sim.
Tlim, tlim, tlim... é o som da colher batendo na xícara ao mecher o café.
Cai um aguaceiro e eu fico com medo. Me molho, me seco e pego um resfriado. Tomo chá, três tipos de remédio que desentopem meu nariz.
Tchim, tchim, tchim. É o som do espirro que faz assim.
Ando de um lado pro outro, seguida de perto por minhas inquietações. Mas em meio ao novo devaneio, pra não perder a rima em cheio, não ponho as mãos em meu cabelo.
Ri, ri, ri...é o som do meu sorriso orgulhoso de mim.
Uma sensação de saudade chega junto com a brisa. Lá vem a noite e a despedida. Mas antes do sono, mania de pensar na vida.
Z..z...z...é o som do sonho que acabo de ter...
Quero viver Quero sonhar Quero poder amar Quero correr Quero sorrir Quero poder ser feliz Quero escrever Quero ler Minhas linhas infantis Quero chorar Quero abraçar Minhas rimas imbecis.

2:04:00 PM

Pacto

Postado por Meg |

Eu tenho um pacto de amor comigo mesma, e nunca vou romper. Aconteça o que acontecer, estarei sempre amando a mim mesma em primeiro lugar. Pode ser que me chamem de egoísta, egocêntrica e me esnobem. Pode ser que pensem que eu me acho demais, e não me suportem. Mas eu “vou estar amando” a mim mesma mesmo assim.

Um belo dia eu esqueci de mim, e sofri. Chorei mais do que devia. Foi ruim. Entristeci, me culpei, me abandonei e virei alguma coisa sem nexo. Escrevi amor com acento circunflexo. Desnorteei. Mas ainda houve tempo de mudar o rumo, desfazer as malas e começar outra vez.Veio então o espelho, o coração, o cotovelo. Vieram as lágrimas e os risos. A dor e a saudade. Eu me vi crescendo um centímetro diante do travesseiro. E tive sonhos que jamais imaginei...eu não acreditava que fosse capaz.

Se você continua lendo essas linhas, não deve estar entendendo nada. O problema é seu. Eu, por mim, me basto. E os meus erros, perdoem minha modéstia exagerada, mas tenho licença poética. E também tenho um pacto de amor. Secreto. Com o lado mais profundo de mim.

De vez em quando ainda tenho que escrever até mil. De frente pra trás e de trás pra frente. Se não for assim, não funciona. Quando a caneta falha eu arrumo outra. E o papel vai sendo riscado. Junto com ele, outras coisas vão riscando. Coisas boas e ruins. Mas não existe escolha sem perda. É uma pena. Um alívio, quando a escolha não é nossa.

Mas no fundo no fundo, o que importa é que eu tenho um pacto de amor comigo mesma. E nunca vou romper.

Aconteça o que acontecer.

Eu “vou estar amando” a mim mesma mesmo assim.