Momentos em que você só quer ser você
Momentos em que você não quer crescer, que você quer parar, deixar o tempo passar, deixar a hora correr e ficar na janela observando a vida que passa lá fora
Nem leva tanto tempo assim
Momentos em que você quer que todo mundo esqueça de você só pra que você mesmo possa lembrar de si
E possa falar alto, chorar sem dar explicações, rir do vento, roer unha, tomar banho de chuva, falar palavrão, comer se melando, andar de bicicleta, fazer cara feia...
Momentos em que você possa se encontrar na simplicidade e resgatar algo seu que ficou lá atrás, que talvez até passasse despercebido, mas que hoje faz uma falta danada...
Momentos...
Em que a lembrança não seja tão dolorida e quem sabe possa ser parte integrante dessa vida que você vive hoje, mas que em algum momento se afastou dos seus ideais
Essa vida dos outros demais
E sua de menos
Momentos...
Em que o resgate se faz necessário, as mudanças de planos batem à porta
E não vale mais brincar de se esconder
Seria ridículo
Você não é mais nenhuma criança
Você é uma pessoa cheia de cobranças
E precisa aprender a dizer não
Mas também precisa aprender a não magoar
E entender que pedir desculpa não faz passar a dor da ferida
Que é como um prego na madeira
Cicatriza, mas deixa marcas...
Não sou fã de falar de amor. Sou fã mesmo é de amar. Amar de manhãzinha, de tarde, de noite e ainda ter fôlego para a madrugada. Amar doendo de saudade, amar de verdade, com cara de besta e brilho no olhar. Adianta amar se não for pra valer? Adianta amar e não querer sofrer? Se amar é conviver com as diferenças, ter vez ou outra uma desavença, perder a paciência, o juízo, o rumo, perder a si mesmo, se deleitar, se descobrir , se amar. Na boa?! Não me peçam para falar de amor. Gosto mesmo é de ser amada. De abraçar o meu amor e sentir nossos corações no mesmo compasso. Gosto de andar de mãos dadas, de rir abobalhada, feliz. Gosto de mensagens inesperadas, ligações demoradas, rosas vermelhas. Aff Maria como amo essa sensação de euforia que enfeita minhas utopias e me faz mais feliz!Como eu amo meu Deus, como eu amo! … (Não, definitivamente, não me peçam para falar de amor.).
O que é isso que a gente sente e dói, dói, rasga a carne, alma, arranha até o ego quando a gente sente saudade daquilo que se teme, daquilo que não deveria sentir nada, muito menos saudade. Sente saudade da gente, do eu esquecido, do eu abandonado, do eu guardado dentro de uma caixa em cima do armário. Empoeirada.
Houve momentos em que eu quis desistir...abrir mão de mim, dos meus sonhos e pesadelos...me isolar num canto onde ninguém pudesse ouvir o meu pranto nem me ver soluçar. Momentos em que eu quis voar pra longe, na direção que o meu coração cheio de cicatrizes quisesse me levar.
Mas nem quando eu quis, consegui desistir. Acho que em alguns momentos uma força maior nos move. Essa força - em minha profunda ignorância - acredito que está conosco o tempo todo, mas se manifesta com maior intensidade quando por algum motivo a gente pensa em largar os pontos, jogar a toalha e fracasssar. Perder pra gente mesmo. Enfim, não desisti. Sofri. Culpei. Magoei. Perdoei. Esqueci. Cantei. Superei... e cá estou, seguindo em frente. Por Meg