Eu não queria brigar, estava em um daqueles poucos dias em que o bom humor é meu sinônimo. Céu azul, verão, pensei em pegar uma praia, passear com a cachorra, tomar sorvete de flocos e uma cerveja gelada. Tudo isso foi para o ralo. Pensei.
Ela ligou para me tirar do sério, para me dizer um monte de besteiras, para dar ataques e chiliques. Lá se foi o meu bom humor e meu sorvete. Mas a cerveja se tornara ainda mais indispensável. Dei uma golada. Duas. Três. Na quarta, não resisti. Peguei o telefone. - Sua #$$%&&! Não me ligue mais! Vá pra P. que te P. Me deixe em paz!!!!! Fui para casa. Arrumei as malas e depois tomei um banho. Esperei cinco horas. Peguei o carro, dirigi sem rumo. A praia ainda estava lá. Qualquer uma. E minha cachorra no banco do carona. Só faltava o sorvete de flocos. Mas a gente nem tem sempre tudo o que quer. O de creme com passas até que estava bom. Enfim... amanhã é outro dia. • Do livro As histórias de Jullyethy. Capítulo 5 : Coisas sem sentido
Ainda é noite de Natal e eu aqui em meio aos presentes....em meio a presente...tentando fugir de qualquer reflexão comum nesta época do ano. Releio escritos antigos, mais antigos que o ciclo de 365 dias que está chegando ao fim. Vejo coisas que eu não deveria, ouço o barulho do ventilador e penso...já deveria estar dormindo.
Sinto-me só, embora tenhas as melhores companhias...sinto-me só nesta noite de Natal que nem está fria, ao contrário, está tão quente que nem mesmo meu velho ventilador barulhento ajuda a passar...Papai Noel, por favor, no próximo ano, me dê um ar- condicionado. Mas tudo bem, isso não vem ao caso agora...para compor meu cenário nostálgico, vou ouvir Hero, de Mariah. Que levante a mão quem nunca se sentiu triste em uma noite de Natal. Quem nunca quis sumir e torcer para chegar logo o dia 26. Ainda bem que faltam poucas horas... Relendo escritos antigos, achei esse aqui que escrevi em novembro de 2004. A noite cai E eu fico a pensar na minha vida Tão igual de todas as manhãs Eu nunca quis uma vida livre de problemas
Eu apenas quis um pouco de paz E quando a noite cai Eu fico chorando meus dilemas Algumas coisas me perturbam E me fazem entristecer Amanhã tem de novo um amanhecer E tudo vai estar sempre igual Meu consolo Meu sono Meus sonhos E o meu incrível sofá Não vou dormir Preciso descansar A noite cai E tudo o que eu sempre quis Foi um pouco de paz.
Bem, bem...como eu ia dizendo...a gente tem uma mania de complicar as coisas...
Eu tô enjoada de tudo, eu tô enjoada do mundo e nem estou grávida Acho que cansei de ser 100% o tempo todo e estou precisando me abandonar um pouco e me recolher num planeta distante para que tudo volte a ser como antes de eu enjoar de picolé de coco
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